Se nem a nossa anatomia, os nossos conhecimentos, as nossas crenças resistem à fúria dos ventos que passam pela nossa vida, porque razão deveremos acreditar que os sentimentos se mantêm intactos, resistentes ao frio, à chuva, resistentes às milhares de mãos que lhes tocam?!
Palpita-me (como palpita o meu coração diariamente) que um amor para toda a vida só sobrevive se for fraternal. E, é nesse momento, que me dá vontade de mandar um murro na mesa e mandar pró caralho quem vive à sombra da bananeira, fazendo-me acreditar que pode ser possível.
Não sou pessimista, não sou depressiva. Preciso de provas, como Ser inteligente que sou, preciso de garantias diárias, ontem, hoje, amanhã.
E, às vezes, o vazio é demasiado grande, após tanto tempo, tantas coisas, tantos ventos, e, TANTOS tsunamis.. uma parte de mim quer acreditar, mas a outra precisa de garantias, garantias essas que tantas vezes são deitadas para trás das costas sem nunca, sequer, me terem chegado.. às mãos.
Assim, assim fica difícil.