Isn't it ironic?




"(...) As palavras guardam o que julgamos ter perdido para sempre, é por isso e para isso que escrevemos, para resgatar o impossível. (...)"

domingo, 31 de outubro de 2010

Doze luas em ti e sete marés.

Mafalda Veiga - No rasto do Sol


É esta música que me faz olhar para um ponto qualquer e sentir os lábios ganharem forma de gargalhada !
Obrigada Mafaldjinha, sabes tanto. Mais e melhor que tantas pessoas que, infelizmente, se cruzam nos meus dias.

Vou contigo, se tu vieres comigo.
Parece-me justo.

sábado, 30 de outubro de 2010

What you want but no what you need !


Estado dormente ! Á partida incómodo mas vantajoso.
Quando deixas de implorar por uma palavra, por um simples "olá" que é tão simples de dizer, de escrever. Impossível de não reflectir sobre o facto de ser ridículo quando as pessoas evitam perder 2 segundos do seu tempo para demonstrarem que se lembram de nós, faça chuva ou faça sol.. mas tão mais fácil quando isso te deixa de magoar, de te obrigar a bater com a cabeça nas paredes e berrar com os que realmente, aconteça o que acontecer, disperdiçam tempo a mais ao lembrar que existes.

Essas pessoas sim, merecem que escreva sobre elas, que reflicta sobre o que precisam, sobre o que gostam e o que não gostam. Merecem a minha vida, a minha aura, a minha paciência e o meu amor.
Pena que o Ser Humano seja estúpido por natureza e viva em busca das coisas que têm um paladar difícil de decifrar. Passámos uma vida inteira a dar saltos gigantes frente a todos os que se estão nas tintas para o que gostamos, o que precisamos, o que queremos. Pá que granda cagada ! Somos tão ridículos !
Passar uma vida inteira preocupados com o amor da nossa vida. E para quê? Não, é sério.. para quê? Para perdermos tempo e dinheiro a construir longas-metragens recheadas de ciumes, suspeitas de algo que nunca teremos certezas absolutas, recheadas de tantas promessas que ganham pó e se perdem para sempre?

Tenho tantas saudades de quem me quer, verdadeiramente, bem ! Bem que cena ! Os meus avós tão lindos, os meus pais tão fortes, a minha irmã tão chatinha mas tão generosa.. do meu gato espojado na minha cama feito porco e invejoso.
Tanta tristeza por estes meses todos fazerem parte de um relógio decrescente de suspiros, de palavras, de abraços, de amor.. que todos os dias fica mais pequenino.

Não consigo perceber aquelas pessoas que passam uma vida inteira por aí , afastadas do seu ninho, das suas raizes, dos seus , pá por mais que tente não consigo, supera a minha capacidade de raciocínio.
Chegam ao final de uma vida com muita bagagem daqui e dali mas.. para quê? Para a partilharem através de um computador? Ou com mil pessoas que vêem uma vez na vida?
Há coisas tão mais baris que passar vidas a anos luz de quem se gosta.

E de uma coisa eu tenho a certeza, passe o tempo que passar, venham as pessoas que vierem, as mil experiências novas que ainda irei descobrir.. nunca conseguirei estar em "paz" junto de alguém que não dê uma importância brutal a este tipo de situações..
Pá é tão triste ver casais/ familias separadas por uma infinidade de anos por um motivo ou por mil motivos, não interessa. É triste ! É fodido existir em função de lembraças, de recordações mas muito mais fodido é viver em função de uma esperança de que as coisas mudem, viver em função de uma espera injusta e cruel para depois o sabor dessa recompensa morrer cedo demais ou pior, nem chegar à
boca.
Pá há pessoas para tudo. Juntem-se em grupos yap? Poupam dissabores, desilusões, gritos, murros na cara, pontapés no coração.
Sei que é sureal e nem seria humano que as próprias pessoas se catalogassem e se juntassem em categorias.. Mas dá que pensar.
Há pessoas que simplesmente não encaixam umas com as outras. E a pior merda é que, por vezes, sejam precisos anos, sacrifícios de uma vida para enxergarem o óbvio.

Apesar de me sentir dormente..  É assustador ! Buééééé..


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sem nome, aceitam-se sugestões.

Pessoas diferentes, diferentes formas de interpretar as coisas ou diferentes estados de espirito e de querer?


Quando situações semelhantes têm finais opostos a culpa será de quem? Das pessoas em questão ou do que gira em torno destas? Quando uma relação termina será necessariamente por não existir amor de uma ou ambas as partes,por uma falta de compatibilidade inexplicável, brutos problemas na vida de cada um ou porque chove e faz frio e surge uma vontade, por obra do Espirito Santo, de querer aquecer o quotidiano do mais insatisfeito para "apimentar" a coisa? Vamos lá ver se eu me faço entender para não ferir corações nem causar susceptibilidades.
Primeiro apeteceu-me escrever sobre esta coisa sem nome não por um motivo especial, estou bem e recomendo o meu estado de espirito a todos vocês.. mas estava no banho, sim repito, no banho e comecei-me a lembrar de certas e determinadas coisas que às vezes me são ditas, coisas das quais não posso concordar e tão pouco perceber.


- Se sou uma eterna apaixonada é porque sou caxopa.
- Se faço vida de free as a bird é porque mudo as minhas raizes e portanto deixo, em certa de medida, de ser quem sou
- Se me refundo porque não me apetece ver pessoas, ui estou com graves problemas sociais e passo por uma antipática do pior.
- Se me tranco no quarto, para obviamente, ninguém me chatear a p**ta da cabeça é porque sou cruel e mal humorada.


FUCK OFF! Pá todos precisamos de levar tauladas mesmo no meio da toina mas poupem-me o espirito ok? Fiz mal alguém? Gosto muito de critícas mas há limites ou melhor há que saber sustentá-las. E há não coisinha pior que ouvir X da boca de Y, quando o sujeito Y vai de acordo às situações X mas que por medo, ou vergonha, ou outro sentimento estúpido, não o admite. Pá tenham !
Os homens por exemplo.. pá se há coisa que não percebo é o "princípio da carapaça" que, quase, desde embriões lhes é impingido. Chorar? Eish é bué "és elo mais fraco,adeus!", é baril é não perder uma partida de futebol, perder mil horas no ginásico, coçar os tomates e mirar as melhores pernas e pares de mamas que lhes passam à frente dos olhos.
Não percebo, não percebo mesmoooooooo. Acredito que entre homens e mulheres existem diferenças, sim claro que sim. Epá mas há limites.
Nós mulheres somos catalogadas com o pior que há se por acaso tivermos um amor de verão todos os verões mas os homens são uns brutas macho-mens se paparem um rabo de saias diferente todos os sábados à noite. Injustiça ao mais alto nível. Não porque me apeteça andar a coleccionar homens ou momentos fogazes, pelo contrário, sou bastante crítica no que respeita a entregar a nossa intimidade assim de mão beijada apenas porque temos uma coisa chamada de hormonas que nos dilatam os olhos e o "CORAÇÃO" ( e atenção ás aspas, que situações destas envolvem muito poucas vezes o dito cujo), mas cada um sabe de si.. quando OBVIAMENTE, não me lixem a vida.. neste caso o namorado (se o tiver).


Seria, igualmente, injusto não referir que hoje em dia há com cada par de mamas que mete nojo à distancia.


Pá estamos a caminhar para uma coisa que não sei bem o que será.. Um salve-se quem puder, talvez.
Eu? Eu posso parecer perfeita demais mas acreditem que só quero PAZ & AMOR , quero poder partilhar as minhas expectativas para o futuro sem que para isso tenha de ter um anel no dedo, quero poder falar sobre as minhas inseguranças sem ser chamada de neurótica ou ciumenta compulsiva, quero poder confiar totalmente nessa pessoa mas receber estabilidade suficiente para tal.
Não quero ter medo de dizer que não gosto, não quero, não admito.
Vergonha de perguntar gostas de mim?


Sei que com o tempo a nossa personalidade se molda a uma velocidade supersónica, pelo menos nesta idade de estabelecimento de prioridades de vida, já sinto isso. Creio que estou bem mais forte do que há uns belos meses atrás.. 


Isto já está a ficar um testamento dos Diabos. Sorry ! :/
Mas enfim, também escrevo, em grande medida, para mim.. só para mim. Tenho fraca memória em relação a certas coisas, certos momentos de deixa andar .. É como me sinto agora.. num deixa andar não em relação a qualquer coisa específica mas em relação a tudo.. E eu gosto disto, conceito novo na minha caixinha de ferramentas. Pedir certezas é como pedir uma equação certa e absoluta do que é então o AMOR. Impossível!
Certezas(futuras) a priori variam no tempo e no espaço.. possíveis de prever, mas impossíveis de garantir.


E eu já não as quero, a decepção assusta-me.. agora mais que nunca.  

terça-feira, 12 de outubro de 2010

EU TAMBÉM SOU IMPORTANTE. EU TAMBÉM PRECISO DE TEMPO.
EU TAMBÉM TENHO AS MINHAS DÚVIDAS.


FINALMENTE.


É incrível como o corpo humano se modifica com o passar do tempo. Incrível como os olhos deixam de ver sempre o mesmo. Como a nossa cabecinha deixa de interpretar sempre da mesma maneira. Incrível poder dizer para quem quiser ouvir que as pessoas mudam. Definitivamente! Não todas! Mas who cares?! AAH!


Era uma sucks sentir a cabeça viciada no sentido Porto-lisboa/Lisboa-Porto.
E pode parecer ridículo todo este discurso de blogue.. o Ser humano tem uma tendência estúpida em desvalorizar tudo o que são pormenores. Fa-los ter uma importância quase que invisivel e transforma-os numa grandessíssima gafe.


Hoje, estou feliz por estar longe! Pormenor com muita ou pouca importância, ainda irei descobrir.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Strange

Sem entrar em grandes pormenores porque não quero, não me apetece e nem sei se me vai apetecer tão brevemente.. posso dizer que gostei deste fim de semana. Gostei, sem pensar muito, nisto ou naquilo, porque sim ou porque não. São momentos tão simples quanto os poucos que já tive na minha vida que me dão alento e uma vontade incontrolável de viver. Não uma pessoa.. mas pessoas. Não porque foi feito isto ou aquilo.. apenas porque sim.
Hoje creio estar do contra. Não sei. É estranho. Alguma vez se sentiram estranhos? E melhor, sem saber porquê. Daquelas situações que só queres ouvir a última música que sacaste e escrever, escrever.. Depois seleccionar a tecla do delete durante minutos e apagar tudo, sem pensar em nada.. no quão verdadeiro era tudo o que escreveste mas que, por ingenuidade, infantilidade, insegurança ou receio, decidiste apagar.
não tenho medo, tenho outra coisa sem nome que me faz acreditar plenamente na minha intuição. E acreditem que a minha intuição é qualquer coisa.. Creio sentir-me estranha porque pela primeira vez não me importo assim tanto com o que a minha alma pensa. Creio sim que existem sinais que deverão ser seguidos e nunca ignorados. E eu sempre fui pró nisso. Em ignorar sinais, palavras, gestos.. sempre fui a melhor aluna no que respeita em acreditar que as coisas podem sempre mudar, podem sempre ter duas pontas completamente diferentes. Sempre fui expert em arranjar mil desculpas para não sofrer, e, portanto, em camuflar uma verdade com muita mentira para custar menos.. para ser mais fácil, mais acessível, menos frustrante.
Hoje tive a certeza que não quero isso para a minha vida, nem por um segundo mais que seja. Quero a verdade, por muito que não seja a que eu desejo ouvir. E hoje, apesar de estranha, sinto-me plena.. porque, pela primeira vez, estou feliz com a minha indecisão. Feliz por aceitar que nada poderá ser certo. Feliz por conseguir dar tempo às pessoas que precisam dele, feliz por eu mesma precisar de tempo.. de espaço.
Pá como diz a minha amiguinha "A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande."

É tudo uma questão de tempo. E já não me tortura esperar. É estranho.. mas é bom!

domingo, 3 de outubro de 2010

No one ever said it would be this hard.

Mais um dia fora do meu habitat natural. A juntar a este mês que mais pareceu uma mão cheia ainda terei de esperar que se passem mais três.
E aquelas primeiras horas depois de sair do aeroporto? LOOL Perdidas na grande estação de Barcelona a fazer tempo para, no final de contas, perdermos o comboio que nos levaria à nossa querida cidade de acolhimento. Tantas gargalhadas GOD! Eu com a minha malinha sempre dois passos mais à frente e a Inês com aquele 'caixão' gigante a bufar por todos os lados.. As perguntas sempre iguais em portunhol e a típica frase 'oi? noy estoy entendiendo' LOOL Os primeiros dias no Hostal Mundial. Perdidas com tanta loja cheia de coisas lindas e maravilhosas a metade do preço. As primeiras refeições, nada calóricas LOL, pela cidade. Aquela sensação de 'woow, estou mesmo aqui. Consegui!' !
Com o passar dos dias, das horas.. aqueles telefonemas sempre iguais, Estás a gostar? Estás feliz? Porta-te bem, ok? O primeiro contacto com a universidade, com novas pessoas, com novos professores, com o novo idioma que começaria a ser o único que se ouvia, nas ruas, nos cafés, nas televisões, em casa, nas aulas.. em todo o lado.
O chegar à casa 'nova' e desfazer a mala, tomar consciência que tanta coisa ficou por trazer, que tanto de mim não pode, de forma alguma, caber dentro de uma mala de rodinhas e que o coração é pequeno demais para me fazer sentir bem todos os dias longe de todos aqueles que amo.
Não com isto estar a dizer que Erasmus não vale a pena, aliás não faço a mais pequena ideia, visto que ainda me faltam mais 3/4 do tempo para ter uma ideia mais exacta da coisa mas é sem dúvida uma experiência que tanto requer de mim. Que me faz pensar nos mais pequenos pormenores, 'Mónica não te disse para apanhares a roupa?' 'Desculpa avó, esqueci-me' :(
LOOL e são as coisas que não podemos agarrar que mais sentimos falta a longo prazo. Sorrisos, abraços, reencontros, brindes em nome da coisa mais estúpida de sempre. Momentos que sinto uma falta incontrolável, que sem planear aparecem nos meus sonhos e me fazem acordar, novamente, para esta nova realidade.
É como correr em circulos. Pode até valer o esforço físico mas acaba-se sempre por ir parar ao mesmo ponto de partida. Erasmus é isto mesmo, para mim. Mesmo que valha a pena, sou demasiado pegada às "minhas coisas" para conseguir tirar o verdadeiro partido desta aventura.
Pá ninguém disse que seria fácil ! Mas agradeço que mudem algumas das opiniões standartizadas de que é muita fixe, que vou gostar bué porque isto e aquilo.. que toda a gente gosta e recomenda. Pá who cares? Eu sou diferente.. não estou mal aqui mas também não estou bem. Não adoro a ideia de me poder embebedar 7 dias por semana sem dar justificações, de dormir fora de casa e de controlar  a minha conta bancária. não quero viver para sempre debaixo das asas dos meus pais, mas quero poder abraça-los sempre que me apeteça.
E aceito os 99% das pessoas que discordam desta minha ideia porque realmente somos diferentes. Eu sou.. não por não estar apaixonada por este estilo de vida mas porque em qualquer coisa que faça (hoje e sempre) preciso de me abastecer de força e alento nas minhas raizes, no meu seio. A isto chama-se amor. E quando me quiserem dizer(com essa cara de estranheza) que eu deveria aproveitar sem pensar em nada, que estar em Espanha é brutal e que dariam isto e aquilo para estar no meu lugar, fechem essa matraca inexperiente porque não sabem de nada. Não entendem nada.. Não me conhecem.. porque se conhecem a "Mórró" diriam: Força amiga,  um dia vais. realmente, ser compensada pelo esforço brutal de estar longe de nós.
E subiam milhões de pontos na minha consideração!



Enfim, hoje é domingo. O dia mais deprimente da semana.. aqui, aí, em todo o lado.
Não chove mas é indiferente...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

I (L) music



Se um dia me perguntassem o que significa para mim a música, diria de forma muito breve que invés de não conseguir viver sem ela, não saberia sequer imaginar os meus dias sem ouvir um som melódico, um beat, um bpm, e restantes familiares.

Música é poder, é querer !
É, muito mais que um traço á nossa personalidade, é uma forma de observar o mundo e acima de tudo de o interpretar.
Quem nunca passou horas a divagar debruçado apenas num único conteúdo musical?
E quem nunca sentiu, de forma automática, os lábios ganharem forma de sorriso, só porque sim?
Não pergunto sequer se existe algum Ser perdido no mundo que nunca voou sobre uma melodia imaginando mil e uma coisas.
Músicas caracterizam longas-metragens, documentários, histórias de vida e tantas outras coisas que, tantas vezes, ignoramos, esquecemos, apagamos, mas que são inevitavelmente lembradas mal ouvimos a primeira batida do dito cujo.
Quem não se lembra da última passagem de ano (desastre total) de me ver de fones nos ouvidos a balançar a mil à hora? Qualquer pessoa que deu comigo na varanda percebeu a minha euforia sem serem necessárias palavras e nem tão pouco companhia.
Música é estimulo, é excitação, é amor e tudo o quanto é bom.
É gostar, ter opinião própria do relativismo entre que é bom e horrível. É, para mim, respeito. Uma forma de traçar um perfil através, apenas, de uma rede social à qual nem acesso tens à imagem propriamente dita.
È um encontro constante com novas letras, novos ‘remixs’ mas nunca um desencontro ao nosso paladar inicial.
O facto de gostar de reggae, não significa que não goste de tecnho, trance, rock.
Ouço,inclusive, música brasileira, fado, música da era dos meus pais, jazz, aquele rock and roll que dá para perceber a essência da melodia mas principalmente da letra que faz da cena uma coisa assim extraordinária. Gosto de um bom chill out, onde não existem palavras, ou poucas, mas que nos faz fechar os olhos e criar a nossa própria história.
Apeteceu-me escrever sobre isto por um motivo apenas. Um contraste fotográfico, de tempos que foram e nos quais eles se transformaram. De tanta coisa que a minha boca teve a infelicidade de falar graças à reacção incontrolável que uma simples canção poderá ter em todos nós. E refiro infelicidade, deduzo que saibam porquê, ou melhor que logicamente juntem 2 contrastes, serão à partida coisas diferentes, o que torna o quer que seja, num balanço de emoções, de momentos totalmente diferentes. Infelicidade por o ser humano, por vezes, ser incapaz de se limitar ao silêncio longo, fechar corações e seguir em frente.
Entretanto passa aquela tal música “eishhh, esta musica man. Lembras-te?”
E revivemos toda uma história passada assim em breves momentos.

Momentos que de tão únicos que foram, poderão significar uma coisa apenas. È tudo uma questão de lógica da qual não podes, de forma alguma, fugir. As sinapses são rameiras!
Toda a história, importante ou não, inesquecível ou simplesmente arrepiante só de pensar, tem lhe associado um aspecto inerente aos factos vividos. Uma frase, um gesto que tatuou tipo assim para sempre, um suspiro que durou horas, unhas que foram comidas, a sensação do sangue a fervilhar e a correr a mil, uma música.
É essa música que não mais esquecemos, passe o tempo que passar, mudem os tempos, os ritmos, os gostos, as eras. É qualquer coisa como um relógio que vai passando os minutos e deixando para trás memórias, abraços, beijos, toques ocasionais, marcas de mãos nos nossos braços, dor, frustração, medo, insegurança.
Os meus paradoxos não podiam faltar para concluir que amamos tudo aquilo que não podemos ver verdadeiramente e rejeitamos o que não queremos sentir.
A música é essa transição assim modes que fenomenal que liga estes dois sentimentos convergentes: Amor e insegurança.
Não gostamos, repugnamos, ignoramos, brincamos, usamos, abusamos, deitamos fora.
Porém toda esta linha de ideias é então a nossa música, ela envolve sempre qualquer coisa grupal e inevitavelmente sairá sempre alguém a perder.
Pouco, muito ou assim-assim, ficará na epiderme de cada um.
Eu vou permanecer nas músicas que espelham as minhas histórias, mas, certamente, um dia serão esses mesmos contos de fadas que irão ser a marca de referência da minha existência. A música de fundo será apenas mais uma lembrança de como as coisas poderão, sempre, mudar.

Bota fé nisso! :)